Conto - Concurso Os imortais

Há poucos dias o site oficial no Brasil da saga Os Imortais Divulgou uma promoão:  Promoçao: "Seu conto vale dois livros autografados"
Em Lua azul, Damen conta a Ever detalhes de três vidas passadas em que eles ficaram juntos.

Escreva um conto que narre o romance entre os dois NO BRASIL. Escolha a cidade e a época – não vale século XXI. Os textos devem ser enviados para serieosimortais@intrinseca.com.br no formato de Word até dia 26 de setembro, com até 2 mil caracteres.

Os cinco melhores ganharão um exemplar de Para sempre e um de Lua azul AUTOGRAFADOS PELA AUTORA.


Bem, a promoçao se encerrou no domingo e ontem a noite saiu o resultado e uma das cinco vencedoras foi a dona deste blog que vos escreve. Loigo então teremos a resenha de Lua Azul...  Agora estou aqui para mostrar a vocês o meu conto, pois ele também faz parte do caminho que estou trilhando para quem sabe um dia me tornar uma escritora.
Boa leitura!

1968. Há poucos dias o Ato institucional número 5 foi decretado, dando ao regime militar poderes absolutos, dando fim a democracia no país.
Damen, tentando fugir dos regimes mais pesados em outros países, resolveu que seria melhor ficar no Brasil por alguns anos. Acabou por tornar um militar, assim poderia ajudar discretamente às pessoas contrárias ao regime. Recentemente havia se tornado carcereiro de uma prisão.
Naquele dia, Damen lia um romance qualquer, quando dois guardas entram em sua sala com uma garota algemada, cujos cabelos cobriam-lhes o rosto. O coração dele pulou quando a viu.
- Mais uma para você guardar, Damen. – Um dos oficiais falou empurrando a garota para frente.
- Quais são os crimes dela? – Damen perguntou curioso.
- Uma espiã. Estava tentando se infiltrar na base. – Respondeu o segundo oficial. – Mas ninguém pode tocar nela, por enquanto. O tio dela é Sargento.
Damen dispensou os guardas e levou a garota para uma cela vazia. Ele sabia que era Ever. A fisionomia, o cheiro e até os movimentos eram conhecidos por Damen. Há anos ele esperava reencontrá-la em sua nova vida, mas não imaginava que seria carcereiro dela.
Obviamente a atração dela por ele foi instantânea. Damen passava a maior parte do tempo possível com Ever e adorava ver o sorriso dela quando ele lhe dava todos os dias uma tulipa. Mas Damen sabia que Ever não podia ficar ali. Logo os guardas viriam torturá-la e, provavelmente, iriam matá-la. Só precisavam da autorização do Sargento.
Não. Ele não podia permitir isso. Ele não podia perdê-la novamente.
Certa noite, Damen disfarçou Ever com roupar de soldado e na madrugada conseguiu tirá-la da base militar. Ever, a essa altura, estava completamente apaixonada por Damen e confiaria sua vida a ele.
Eles fugiriam para uma choupana em uma serra, onde ficariam escondidos juntos. Correram o máximo que puderam por várias ruas até o carro de Damen, porém quando já adentravam o veiculo foram descobertos. Como? Não faziam idéia.
Ever foi executada ali mesmo, na frente dele. Quanto a Damen, por ter sido um bom militar e ter ganhado a simpatia de muitos, foi mandado para o exílio na Austrália, deixando para trás uma choupana coberta de violetas.